terça-feira, 16 de abril de 2019

A menina que engoliu uma nuvem do tamanho da Torre Eiffel de Romain Puértolas

Vou fazer esta opinião muito a quente pois acabei de ler este livro maravilhoso. Esta sensação de encantamento foi aumentando até que culminou com o términus da história.
O autor (e é a primeira vez que leio qualquer coisa dele, mas fiquei ávida por mais histórias dele), usa o non sense ao longo de toda a história, possivelmente muitos leitores soltarão gargalhadas por tantos disparates engraçados ao longo da história, o que não foi o meu caso. Gostei muito de todos os disparates (que nem são assim tão disparatados e têm sempre algo maior por trás), mas nunca me ri em riso solto e largo, terei eventualmente, numa ou noutra situação sorrido.

Inicia-se a história com um controlador de tráfego aéreo contando uma história rocambolesca a um barbeiro/cabeleireiro que pensamos nós, nada tem a ver com a dita. A história é acerca de uma mulher carteiro (ou antes carteira porque é mulher :-), que por amor a uma filha, consegue abrir asas (leia-se braços) e voar para perto da pequena...e não vai de avião porque precisamente nesse dia há uma nuvem de cinzas provocada pela erupção de um vulcão (cujo nome é intragável - Eyjafjallajökull) lá no norte e que efetivamente e na vida real, entrou mesmo em erupção (até com este tipo de coisas o autor brinca). 

Ora bem, eu que até mais de meio do livro estava nas 4 estrelas (para dar no goodreads), quando começo a abeirar-me do fim, céus, desato num pranto solto como há muito (se é que alguma vez me aconteceu isto com um livro) não me acontecia! Tudo ficou claro, brilhante aliás e o autor dá-nos de uma penada só uma volta de 360º  (ou 270º porque caso contrário ficaríamos no mesmo lugar :-) e um livro que poderia ser uma espécie de ficção romântica (se é que isto existe) passa a ser uma realidade dura e ainda assim maravilhosa, encantadora e super ternurenta. Este livro foi o primeiro deste ano (e creio, o primeiro em muitos anos) que me fez chorar assim em pranto, fazer lágrimas escorrer (e das gordas) na minha cara, até porque, não era esperado este final e só muito para o fim é que começamos a vislumbrar um cheirinho do tipo de final que leva esta magnífica história. 

Amor é a palavra chave que se repete sob variados nomes, debaixo de muitas "peles", amor é o principal sentimento que se eleva em cada um dos acontecimentos do livro. Cada frase, tem atrás de si tantas aprendizagens, tem tanto que quer transmitir, que penso eu, é um dos livros que deve ser relido para conseguirmos apanhar tudo, mesmo tudo que o autor quer transmitir e mesmo assim talvez seja possível ficarmos aquém. Parabéns a Romain Puértolas!! Fantástico livro que ADOREI!! 

E também adorei a capa e contracapa que está uma delícia (tal qual como a história).

Autor: Romain Puértolas
Editora: Porto Editora
197 páginas

sexta-feira, 5 de abril de 2019

A última carta de amor de Jojo Moyes

Este foi o primeiro livro que li desta autora e percebi logo que não foi grande escolha, devia ter começado por outros dos quais ouvi falar muito bem. 
As primeiras páginas foram confusas, não consegui encaixar logo. A separação de capítulos vai-se fazendo com pequenos textos que correspondem a mensagens curtas, escritas por e-mail, mensagem de texto enviada por telemóvel (na atualidade) ou por cartas de amor escritas em folha de papel a caneta (num tempo passado).

A história passa-se em duas épocas diferentes - 1960 e 2005. Com duas protagonistas que são diferentes na sua maneira de estar mas ao mesmo tempo com percursos pessoais que têm algumas semelhanças.

Uma das mulheres é casada com um senhor do "amianto", rico à custa de uma empresa que possui para isolamentos e coberturas que na sua constituição, usam aquele material. O amianto é extremamente prejudicial para a saúde (mas na época é recente a descoberta desta fatídica relação).

Outra das mulheres, personagem principal desta história, é jornalista e por um acaso descobre uma carta de amor da primeira dirigida ao seu amante Boot.

A leitura foi lenta até cerca de meio do livro, com idas à frente e a trás no tempo, meio cansativas, mas a história começa a desenvolver-se lá mais para a frente e até a surpreender. Embora eu fosse mais ou menos descobrindo pequenos desfechos que iam acontecendo, não deixou de ser agradável, mas não foi um romance que fez tchannnannan, infelizmente não. Seja como for, vou e quero ler mais livros desta autora e parece que são bastantes.

E com isto cada vez mais estou a boicotar os livros a que propus a ler em 2019 ..acho que este não constava! E já entraram vários (e continuam a entrar) que não estavam na minha lista de leituras para este ano !! Enfim...


Autor: Jojo Moyes
Editora: Porto Editora
449 páginas

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Imagem do cabeçalho do blogue de "GimpWorkshop"

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