Aqui está o meu primeiro livro de Stephen King - "Bem-Vindos a Joyland". Não é daqueles aterrorizadores de que tanto se fala quando deste autor se trata. É uma história de um rapaz pré-universitário que para esquecer a namorada e ganhar uns cobres vai para a Carolina do Norte onde se encontra um parque de diversões, meio para o velho, e que na época de Verão, contrata sempre pessoal de reforço.
Devin, é um bom rapaz e entra numa de tudo fazer para esquecer Wendy, a namorada que deixa para trás quando embarca nesta aventura, ou antes, a namorada que já o tinha deixado a ele para trás quando decidiu ir viver com uma amiga para longe dele. Como se trata de um jovem que se dá bem com todos, todos o protegem e quando começa a alimentar-se mal e a entrar numa onda depressiva, não faltam vozes amigas a quererem que ele arribe de vez.
Ao longo da história Devin vai criando novos laços, e Wendy às tantas já tinha passado à história.
É em Joyland que encontra grandes amigos (alguns vão permanecer na sua história pessoal) e também é em Joyland que vai ter contacto com uma assombração presa no comboio fantasma - uma rapariga morta por um homem que ainda não foi apanhado, assassino este que ainda nem se conseguiu identificar até aos dias em que Devin foi para lá trabalhar.
A história é passada em dois tempos diferentes, melhor, ao longo de toda a história Devin relata o que aconteceu naquele verão e volta e meia vem ao presente para explicar uma ou outra coisa que está acontecer ou aconteceu numa época posterior ao Verão na Joyland.
O livro prende e a história é rápida dando aquela vontade de progredir rapidamente nas páginas de modo a sabermos quem foi, quem está por trás de todo o mistério e o que se está passar...há pormenores que não encaixam a 100% e relativamente à capa da edição portuguesa escolhida pela Bertrand Editora, sinceramente nem sei bem porquê é que escolheram o palhaço, embora goste das letras e da roda lá atrás - Carolina Spin, mas sem dúvida que a capa da versão original, quanto a mim, é bem mais ilustrativa da história, ou seja, tem mais a ver.
O autor cria todo um cenário e ambiente de feira, em que se fala numa linguagem própria, em que há rotinas específicas e personagens com fatos típicos exibindo o Howie (o cão feliz), símbolo daquele parque temático (até este poderia ser mais representativo para a capa!).
Não é uma história daquelas que me vá marcar para a vida e também não é daquelas histórias que metam muito medo, por isso quem quiser começar com Stephen King e não souber o que ler para primeiro, penso que esta é uma boa hipótese.
Autor: Stephan King
Bertrand Editora
253 páginas