Acabadinho de ler e portanto fresquinho para fazer uma opinião !
Este é apenas um dos muitos livros deste autor de fição científica, digamos que este é um "techno-thriller".
Eu gostei, pela temática que aborda e por fazer-nos questionar muitos assuntos que são altamente polémicos para a maioria das pessoas. Para uma boa parte da população "mexer" com o genoma humano ou os genes dos seres vivos em geral, é algo que não se deve fazer pois pode-nos conduzir a paragens muito incertas e até com um nível elevado de perigo. Para outros, este mundo genético abre portas a uma série de possibilidades que por sua vez conduz a grandes lucros de "monstros farmacêuticos".
Este livro tem múltiplas histórias que envolvem a transgenia, manipulação genética com mistura do genoma humano com o de outros seres vivos, e aproveitamento de células mais eficazes para uso em várias terapêuticas. Existe assim uma história que envolve um papagaio cinzento falante - o Gerard, e até com um nível de inteligência interessante, um macaco com grandes semelhanças aos humanos e que também fala, animais florescentes que são criados para efeitos publicitários, etc...sim chega a ser repugnante pensar nas possibilidades que existem e que para humanos sem ética as podem usar com fins de lucro e pouco mais!
Este é um assunto bem atual cujas consequências não estão ainda bem determinadas, mas que podem conduzir a humanidade a caminhos bem obscuros, sendo que quando há verdadeiro interesse, a parte interessada arranjas sempre desculpas convincentes, daquelas que são para dar uma qualidade superior de vida às pessoas e que são para melhorar tudo e mais alguma coisa.Quanto a mim, cada vez mais tenho a certeza que o mais simples e natural, o menos manipulado é melhor para a saúde e para a vida em geral, por isso, não creio que seja muito boa ideia andar a "brincar" com genes!
Acho que vale a pena ler, mas tenho a certeza que existem muitos outros livros do mesmo autor que são melhores do que este. Por exemplo, esfera e presas, ou mesmo os canibais, são livros que devem ser mais viciantes e muitos deles foram transformados em filmes. É por exemplo, o caso do Parque jurássico.