sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

Canibais de Michael Crichton

Este livro é muito diferente de todos os que Michael Crichton escreveu. Normalmente este autor escrevia histórias de ficção científica, ou mais especificamente, thrillers científicos, como foi o caso de Parque Jurássico ou a Esfera - este último lido e adorado por mim! 

Esta história tem uma parte ficcional mas também se baseia em relatos verídicos de uma viagem levada a cabo por Ahmad Ibn Fadlan, representante do poderoso califa de Bagdade. Este, quase "cronista", escreveu acerca de uma viagem às terras do Norte - Escandinávia (que inclui a Dinamarca, Suécia e a Noruega), na companhia dos Vikings.

Este livro inicia com Ibn Fadlan a ser "castigado" por se ter metido com uma jovem mulher, esposa de um velho rico e bem colocado na sociedade de Bagdade. Desta forma é enviado em missão em direção à terra dos turcos. A história desenvolve-se e, perto do rio Volga (Rússia), Ibn Fadlan tem um primeiro contacto com os Vikings que descreve como "homens do Norte":

" Vi com os meus próprios olhos como os homens do Norte tinham chegado com as suas mercadorias, e montado acampamento ao longo do Volga. Nunca vi um povo tão gigante: são altos como palmeiras, e de compleição corada e ruiva. Não usam camisola nem cafetãs, mas entre is homens usam um vestuário de tecido tosco, que é preso de um lado, para uma mão permanecer livre."

O que mais gostei neste livro foi a descrição dos povos e culturas que diferiam completamente do que estava habituado Ibn Fadlan, já que este era árabe com uma cultura completamente distinta do que foi encontrar em terras da Escandinávia. Espantava o facto destes homens terem diversas entidades que adoravam e não um Deus como Alá. Fica chocado com a falta de higiene que estes "bárbaros" têm e com a sexualidade desenfreada das mulheres do Norte.

Mais para a frente na história, Ibn Fadlan é levado, contra a sua vontade, como o elemento número 13 do grupo de Vikings (para dar sorte), que arrancam ao encontro de outros homens ainda mais bárbaros, temíveis e sanguinários, supostamente canibais. A partir desta altura, descrevem-se horrores e o livro torna-se meio sanguinário, mas não deixa de ser interessante pois é quase um relato do que este homem árabe, desencaixado da cultura nórdica e gélida, vai observando, embora ele próprio tenha um papel de guerreiro a certa altura, lutando ao lado do grupo de Vikings do qual é obrigado a fazer parte.

É curto este livro e é utilizada uma linguagem simples, embora os relatos sejam antigos.

Não foi um livro que gostasse de forma apaixonante, mas foi no mínimo interessante! 

Emoções / sentimentos despertadas com este livro: 


  • Espanto;
  • Interesse;
  • Curiosidade;
  • Horror;
  • Apreensão;
  • Medo;
  • Aventura.
🌠Ler quando:

- Se quer conhecer um pouco de culturas e povos diferentes dos nossos;

- lhe apetece algo distinto de romances ou formas "regulares" de escrita, ou seja, ler uma espécie de crónicas de um viajante (antigo);

- se é curioso a propósito dos povos do norte (Vikings) e da mitologia do norte.

Foi também feito um filme baseado nesta história: "The Eaters of the Dead".



Título: Canibais

227 páginas.

Autor: Michael Crichton

literatura-billboard

Imagem do cabeçalho do blogue de "GimpWorkshop"

Imagem do cabeçalho do blogue de "GimpWorkshop"
Fantasia, Mágico, Surreal. De utilização gratuita.

A Fada do Lar de Sophie Kinsella

Abençoada hora quando decidi ler este livro em férias de verão...este é o livro ideal para levar nas férias! Tão divertido que nos embaraça,...