terça-feira, 15 de janeiro de 2019

Desafios Parte I - 2019


No início do ano, tentamos desenhar um percurso de livros que gostaríamos seguir. São as tais metas, desafios, propostas que fazemos a nós próprios e que muitas vezes nem conseguimos cumprir, mas que na nossa cabeça faz sentido propor. Se estes desafios não existissem, era como se o sonho (particularmente para quem gosta de ler) estivesse condenado à partida, pois não havia meta alguma para alcançar.


Como sou sonhadora, ou melhor dizendo, utópica, propus para mim uma meta, completamente inalcansável e non sense, mas talvez que possa ser cumprida não em um mais em dois anos :-).

O certo é que o hábito (diz quem sabe que para mudar tem quer um pequeno, quase atómico, hábito), está a entranhar-se no meu ser. Não há dia que passe sem ler pelo menos umas 5 páginas de um livro que tenha em mãos! E isso, é uma evolução para mim, muito importante, pois descuidava-me e lia de forma extremamente irregular.

Passo a descrever a lista de livros que pretendia ler, se não conseguir em apenas um ano, pelo menos em dois anos e sendo assim ficariam 37 livros por ano, 74 livros no total. Destes, ficam aqui apenas os 17 primeiros, caso contrário isto enchia-se se imagens e mais imagens e mais imagens...e ainda assim já ficam carradas :-):

(1) O tempo entre costuras de María Dueñas (já estou quase no meio e estou a adorar!!).

(2) As flores perdidas de Alice Hart

(3) A cor do fogo de Nora Roberts (porque já tinha lido o primeiro desta triologia que é a Ilha das três irmãs e gostei bastante).

(4) Entre o céu e a Terra de Nora Roberts (yehp gosto da autora, embora seja sejam quase sempre, os mesmo ingredientes - paixão e romance, crime à mistura, maus e bons da fita e tal...esta triologia tem um pouco de mistério e magias...).

(5) A ilha das trevas de José Rodrigues dos Santos. Nunca li nada deste autor, não sei se gosto ou não, mas o certo é que tenho cá por casa vários livros dele.

(6) A física do futuro de Michio Kaku. Adoro tudo o que diga respeito a física quântica, como muito leiga que sou, mas encanta todo este poder desta área. Creio até que se a espiritualidade algum dia possa ser "tocada" pela ciência, será por aqui..mas isto sou eu (humildemente falando). Este autor tem vários livros da área das ciências, mas ao que parece escritos para gente como eu, que embora saiba a litle bit, é meio naba (ou inteiramente), escreve então de forma simples e clara. Este livro está assim meio começado.

(7) A história de uma serva de Margaret Atwood.

(8) Cafuné de Mário Zambujal (tenho ouvido falar tão bem dele e os livros são tão pequenos, aparentemente fáceis de se lerem). E viva ao que é nacional porque o que é nacional é bom! 

(9) Fim da Inocência I e II de Francisco Salgueiro. Dois livros que conto como um. Num deles a visão de um rapaz e no outro, a de uma rapariga. Penso que é não fição, segundo o que tenho ouvido.

(11) Outlander II - A libélula presa no âmbar - penso que este é o maior livro que lerei este ano, aliás como se pode ver na foto deste post :-). Porque o primeiro livro que li desta série foi simplesmente ESPETACULAR e também porque o número de páginas de um livro não me assustam mesmo. A minha filha já vai no IV volume da série e está também a adorar. 

(12) Ser bom não chega de Atul Gawande.

(13) A galvanoplastia espiritual de Omraam Mikhael Aivanhov. Tenho dois deste autor e lembro-me que era eu ainda muito nova quando li um dele, gostei muito e por isso quero ler e aprender e ver se gosto e se condiz com o que sinto e penso... 

(14) A revelação da água e do fogo de Omraam Mikhael Aivanhov

(15) O monge que vendeu o seu Ferrari de Robin Sharma. Este livro já anda para ser lido por mim há séculos!! 

(16) O quarto de Jacob de Virginia Wolf. Penso que nunca li nada desta autora (que vergonha) e já é altura de o fazer, caso contrário destes primeiros 17 livros não constavam "clássicos" o que seria uma pena para a minha cultura geral :-).

(17) O outono em Pequim de Boris Vian. Outro autor clássico, o qual desconheço totalmente, mas que está na hora de conhecer...

Terei mais olhos que barriga? E sim, acredito que sim, embora tenha uns pneus jeitosos os olhos conseguem ser maiores e a mente, muito aberta para encher com estas preciosidades. São completamente diferentes, uma variedade de títulos e conteúdos que diferem muito entre si, Alguns tinha cá por casa (a maioria deles) e por isso convinha dar-lhes andamento.

Mais para a frente, colocarei aqui outra levada de 17 ou coisa parecida...só porque ler não ocupa lugar, certo? Os livros sim, mas ficam belos em qualquer estante, até por que casa sem livros, para mim, é casa vazia, mas isto sou eu a pensar...ahhh e só mais uma coisinha sem importância, é que pelo meio vão-se metendo outros que me vão parecendo irresistíveis, foi o caso do Método do Bullet Journal (este comprei) e o caso de um livro de contos de Zibia Gasparetto que apanhei um dia destes num quiosque com livros para ler por quem passa por lá. 

O Natal do Sr. Scrooge e os Sinos de Ano Novo

Quando era miúda tinha uma banda desenhada com a adaptação deste conto de Natal. Esse livro li-o vezes sem conta e desapareceu da minha vida, tal como entrou! Não sei como veio ter às minhas mãos e também não sei como desapareceu, mas o que é certo é que eu adorava aquela história. Depois vieram as várias versões para cinema ou série, outras bandas desenhadas, mas nunca tinha lido o livro original de Charles Dickens e, neste Natal de 2018, já que o tinha cá em casa, resolvi dar-lhe uma hipótese...não me arrependi! A escrita de Charles Dickens flui muito bem e espelha sempre alguma preocupação com as classes desfavorecidas daquela altura - início do século XIX.
A história retrata um velho avarento - Ebenezer Scrooge que é visitado por três espíritos - do passado, do presente e do futuro. Tudo acontece por uma boa causa: tornar o futuro de Scrooge numa realidade melhor do que aquela que se prevê se continuar a ser um velho avarento e de poucos sentimentos para com os outros e para a sua própria família. 
Talvez o que me atraia mais nesta história é a possibilidade de redenção, a possibilidade do ser humano melhorar sejam quais forem as atitudes ou modo de ser que apresentaram até aí. Esta possibilidade de ter um outro futuro, se a partir daí, se tornar num novo homem, é notória na vontade do autor e isto é assim no primeiro conto - O Natal do Sr. Scrooge, como no segundo conto deste livro - Os sinos de Ano Novo. Nesta última história o autor também mostra dois possíveis futuros, um em que acontecem só desgraças mediante a escolha "errada" dos personagens e outro, o mais auspicioso, em que acaba tudo bem e os personagens são felizes, embora humildes e com poucas posses.

E não menos importante do que isto tudo é a ideia que Charles Dickens passa do verdadeiro sentido do Natal - a partilha alegre familiar, o saborear as ceias natalícias como se estas fossem únicas e um momento extraordinário do ano todo, o sentimento de gratidão entre as pessoas e mais ainda, entre os membros da família.

É muito bom, desligarmo-nos do consumismo meio estúpido dos tempos atuais, e sentirmos a ideia de Natal que o autor quer passar e claramente esta ideia é transmitida e fica-nos o sabor de dias mágicos em que tudo se ilumina, em que tudo por mais pequeno e insignificante que seja é brilhante e transmite o calor e a humanidade entre o Homem só porque (e tanto) é Natal.

Fiquei, é claro, com vontade de ler mais obras do autor!


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Imagem do cabeçalho do blogue de "GimpWorkshop"

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Fantasia, Mágico, Surreal. De utilização gratuita.

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