Pronto já ando a "furar" a minha de lista de livros a ler para este ano a toda a velocidade e de toda a forma e feitio e para isso basta dar uma voltinha inocente na biblioteca. Torna-se portanto irresistível por lá andar, no meio das prateleiras, sem trazer comigo 2 ou 3 livros que já me tinham despertado a atenção. Desta vez trouxe debaixo do meu braço este - o Homem de Giz de Tudor e desta feita intercalei com a última carta de amor de Jojo Moyes.
Sobre o livro aquilo que melhor o traduz para um leitor àvido de leituras é que ele é rápido, de um fôlego só e quase ficamos sem ar, porque ao ler duas linhas queremos ler mais quatro, ao ler quatro mais oito e vai daí a leitura assemelha-se a uma progressão geométrica que não pára de crescer :-).
Gostei muito, pois prende e nos exige uma continua leitura sem grandes paragens, no entanto (e eis que me torno cada vez mais uma leitora ultra exigente, enfim...), não gostei da tradução e não gostei de todo, pois não gosto dos termos "garoto", ou "monte de merda", ou outras frases que francamente só desvalorizaram a escrita, pareciam coisas mal encaixadas, meio deslocadas, mas o todo não fica desvalorizado, ou antes, a história não fica desvalorizada.
Também existiram outras partes que ficaram meio estranhas e mal ajustadas no meu raciocínio, há partes que não consegui concluir se eram apenas imaginação da personagem ou se de facto teriam acontecido e se sim, a acontecerem, não se percebe então o desfecho, com "culpados" que não correspondem ao andamento da história...dá a sensação que a autora nos desvia as atenções com acontecimentos quase "non sense" para que seja pouco expectável o desfecho...ainda assim, como disse é muito rápida a leitura e prende-nos.
Gosto de thriller, gostei por exemplo da rapariga do comboio (bastante) e até certo ponto pareceu-me mais coeso e coerente na sua narrativa, do que este, mas ainda não digo que thriller é a minha praia, porque não é! Até agora os livros que mais me tocaram foram os de romance e talvez particularmente, romance histórico. Seja como for, ainda há tanto para percorrer neste caminho delicioso da leitura...
Ahhh sobre o conteúdo?! Pronto também posso explicar um cheirinho...
Um grupo de adolescentes, lá pelos anos 80, com as suas bicicletas exploram o mundo, a floresta lá perto das suas casas e jogam os seus jogos, arranjam as suas brincadeiras. Surge um professor novo na vila, fisicamente diferente do habitual, é estranho, misterioso e propõe à nossa personagem principal uma brincadeira nova...mensagens escritas a giz. O grupo de adolescentes, cada um com a sua história familiar por trás, começa a entrar neste novo "jogo" - mensagens através do giz escritas em diversos sítios e com códigos próprios ....e descobrem coisas horríveis que mais tarde, bem mais tarde se descobrem, ou parcialmente ficam descobertas, porque alguns pequenos pormenores ficam escondidos...talvez para sempre!