Este livro - Cafuné - foi o primeiro que li do autor, talvez não tenha sido a escolha acertada para o primeiro, talvez devesse ter começado com o tão famoso "Crónica dos bons malandros" e talvez não tenha sido nada disto a fazer a diferença na minha opinião, o que é facto é que não posso dizer "não gostei", mas posso dizer "não faz mesmo o meu género de leitura" ou "não me fez vibrar" ou ainda: "não é definitivamente para mim".
Um livro, para ser realmente bom (para mim), deve tocar-me na alma, emocionar-me, fazer-me rir ou chorar ou as duas coisas, dar-me calafrios, transmitir-me alguma ansiedade, um toque de adrenalina, querer saber mais e mais até terminar...neste caso, a leitura não conseguiu cativar-me e às tantas, porque estava numa espécie de ressaca literária.
Tinha acabado de ler "Tempo entre Costuras" de Maria Dueñas e esta foi uma leitura de me tirar o fôlego, rápida, envolvente, quente, marcante, eu sei lá, de tal maneira que quis escolher um livro, que depois deste fosse mais leve, mais divertido e de certa maneira, Cafuné foi mais leve e divertido. O "leve", no entanto, transportou-me para um cenário de uma Lisboa meia apodrecida em costumes, para brejeirices, alguma ou muita promiscuidade, embora tudo isto escrito, é claro, de forma muito bem feita, com um tipo de humor muito característico de Mário Zambujal e muita história à mistura, que nos faz viajar até 1800 e piquinhos, época em que Napoleão e as suas tropas invadiam Portugal e a família real se pisgava a sete pés (ou antes, a navegar para o Brasil). Nesta época ainda se vivia com muito receio do que tinha acontecido não há muito tempo, a 1 de novembro de 1755, o grande terramoto que se fez sentir intensamente em Lisboa. A justiça era bem pior do que a que existe nos nossos dias, ou antes, melhor dizendo, não existiria justiça a qual se fazia, na grande parte das vezes, por conta própria, matando que se entendia matar, por questões que tinham a ver com o que acontecia no leito conjugal ou com o que estava relacionado com a honra dos homens em relação às moçoilas que se queriam desposar. Os assuntos de cama e a promiscuidade era mais que muita, casados ou não, da realeza ou do povo, os amantes e as amantes eram coisa vulgar e muito se falava no diz que disse e não disse e tal e coisa.
Divertido é sim e escrito de uma forma diferente do habitual. Aprendi ou fiz a revisão de muitos temas que tinha esquecido da história portuguesa, no entanto, confesso que neste momento, não me encheu as medidas. Seja como for, quero ler muito mais do autor e só depois opinar com maior consistência.
Tinha acabado de ler "Tempo entre Costuras" de Maria Dueñas e esta foi uma leitura de me tirar o fôlego, rápida, envolvente, quente, marcante, eu sei lá, de tal maneira que quis escolher um livro, que depois deste fosse mais leve, mais divertido e de certa maneira, Cafuné foi mais leve e divertido. O "leve", no entanto, transportou-me para um cenário de uma Lisboa meia apodrecida em costumes, para brejeirices, alguma ou muita promiscuidade, embora tudo isto escrito, é claro, de forma muito bem feita, com um tipo de humor muito característico de Mário Zambujal e muita história à mistura, que nos faz viajar até 1800 e piquinhos, época em que Napoleão e as suas tropas invadiam Portugal e a família real se pisgava a sete pés (ou antes, a navegar para o Brasil). Nesta época ainda se vivia com muito receio do que tinha acontecido não há muito tempo, a 1 de novembro de 1755, o grande terramoto que se fez sentir intensamente em Lisboa. A justiça era bem pior do que a que existe nos nossos dias, ou antes, melhor dizendo, não existiria justiça a qual se fazia, na grande parte das vezes, por conta própria, matando que se entendia matar, por questões que tinham a ver com o que acontecia no leito conjugal ou com o que estava relacionado com a honra dos homens em relação às moçoilas que se queriam desposar. Os assuntos de cama e a promiscuidade era mais que muita, casados ou não, da realeza ou do povo, os amantes e as amantes eram coisa vulgar e muito se falava no diz que disse e não disse e tal e coisa.
Divertido é sim e escrito de uma forma diferente do habitual. Aprendi ou fiz a revisão de muitos temas que tinha esquecido da história portuguesa, no entanto, confesso que neste momento, não me encheu as medidas. Seja como for, quero ler muito mais do autor e só depois opinar com maior consistência.
Autor: Mário Zambujal
Editora: Clube do Autor
243 páginas
243 páginas
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