sábado, 5 de dezembro de 2020

Sete Dias para a Eternidade de Marc Levy

 


Este livro começou muitíssimo bem, com uma ideia interessante e desenvolvimento "sobre rodas", no entanto, logo arrefeceu pois parece que tudo foi meio artificializado e encaixado para "andar para a frente" e chegar ao fim! Pena, porque todos os livros deste autor, que li até agora, foram muito bons, ou antes, foram para mim leituras de 4 a 5 estrelas.

A base desta história gira à volta de um desafio entre Deus e o diabo. Cansados de andar às turras e em guerras pelo poder (ora agora mando eu e depois mandas tu, ora agora as coisas vão correr muito mal e depois vão correr muito bem e vice-versa), decidem estabelecer um desafio que, a ser ganho, dará a regência da Terra para toda a eternidade. Assim, quem ganhasse este desafio poderia mandar e, se fosse o bem, correria tudo sempre às mil maravilhas e seria o paraíso na Terra e caso contrário, o mal a ganhar tornaria a Terra um local infernal.

Cada um dos "presidentes", quer do céu quer do inferno, escolhe o seu melhor e mais eficiente anjo que tem a missão de liderar todo o processo que conduzirá à vitória ou de uma ou de outra parte.

"...Para atestar a legitimidade daquele a quem incumbirá reger a Terra durante o próximo milénio, lançámos um último desafio cujos termos estão descritos abaixo:

Durante sete dias, enviaremos aos homens aquele ou aquela que considerarmos como o melhor dos nossos agentes. O mais capaz de levar a humanidade para o bem ou ou para o mal dará a vitória ao seu campo, prelúdio à fusão das nossas duas instituições. O poder de administrar o novo mundo será dado ao vencedor."

Ora lido este texto, perto do início, pensamos logo (isto promete...), mas depois as coisas começam a ser algo mal encaixadas, não compreendi diversas situações, sucedem diversos acontecimentos paralelos como a relação entre Zofia (o anjo do bem) e a sua senhoria ou a sua melhor amiga, há explosões estranhas só para subentender que o mal vai no encalço do bem, mas tudo um pouco forçado. 

Acontece portanto, algo que não era suposto acontecer, ou antes, que o leitor percebe que não era suposto acontecer, mas no fim, chegamos à conclusão que afinal até estava previsto e seria uma espécie de batota feita por Deus (confuso!).

Não diria que é um livro que não se deve ler pois seria perda de tempo, nada disso, gostei qb, mas o qb realmente já não me satisfaz e este ano foram vários assim (mornos, que não me aqueceram verdadeiramente).


Às vezes ponho-me a pensar o que tem de ter um livro para ser um cinco estrelas...acho que não é algo racional (não completamente), penso  que me tem de envolver, fazer saltar para dentro da história, ser coerente desde o princípio até ao final, ser uma história bem contada, tocar na alma...isto é extremamente subjetivo e tem a ver com a própria história de cada um dos leitores que lê um mesmo livro. Penso que é por isto mesmo que para uns o livro pode ser um 5 estrelas e para outros 2 estrelas...mas é também por isto que os livros são extraordinários!! 

Sem comentários:

Enviar um comentário

literatura-billboard

Imagem do cabeçalho do blogue de "GimpWorkshop"

Imagem do cabeçalho do blogue de "GimpWorkshop"
Fantasia, Mágico, Surreal. De utilização gratuita.

A Fada do Lar de Sophie Kinsella

Abençoada hora quando decidi ler este livro em férias de verão...este é o livro ideal para levar nas férias! Tão divertido que nos embaraça,...