A base desta história gira à volta de um desafio entre Deus e o diabo. Cansados de andar às turras e em guerras pelo poder (ora agora mando eu e depois mandas tu, ora agora as coisas vão correr muito mal e depois vão correr muito bem e vice-versa), decidem estabelecer um desafio que, a ser ganho, dará a regência da Terra para toda a eternidade. Assim, quem ganhasse este desafio poderia mandar e, se fosse o bem, correria tudo sempre às mil maravilhas e seria o paraíso na Terra e caso contrário, o mal a ganhar tornaria a Terra um local infernal.
Cada um dos "presidentes", quer do céu quer do inferno, escolhe o seu melhor e mais eficiente anjo que tem a missão de liderar todo o processo que conduzirá à vitória ou de uma ou de outra parte.
"...Para atestar a legitimidade daquele a quem incumbirá reger a Terra durante o próximo milénio, lançámos um último desafio cujos termos estão descritos abaixo:
Durante sete dias, enviaremos aos homens aquele ou aquela que considerarmos como o melhor dos nossos agentes. O mais capaz de levar a humanidade para o bem ou ou para o mal dará a vitória ao seu campo, prelúdio à fusão das nossas duas instituições. O poder de administrar o novo mundo será dado ao vencedor."
Ora lido este texto, perto do início, pensamos logo (isto promete...), mas depois as coisas começam a ser algo mal encaixadas, não compreendi diversas situações, sucedem diversos acontecimentos paralelos como a relação entre Zofia (o anjo do bem) e a sua senhoria ou a sua melhor amiga, há explosões estranhas só para subentender que o mal vai no encalço do bem, mas tudo um pouco forçado.
Acontece portanto, algo que não era suposto acontecer, ou antes, que o leitor percebe que não era suposto acontecer, mas no fim, chegamos à conclusão que afinal até estava previsto e seria uma espécie de batota feita por Deus (confuso!).
Não diria que é um livro que não se deve ler pois seria perda de tempo, nada disso, gostei qb, mas o qb realmente já não me satisfaz e este ano foram vários assim (mornos, que não me aqueceram verdadeiramente).
Às vezes ponho-me a pensar o que tem de ter um livro para ser um cinco estrelas...acho que não é algo racional (não completamente), penso que me tem de envolver, fazer saltar para dentro da história, ser coerente desde o princípio até ao final, ser uma história bem contada, tocar na alma...isto é extremamente subjetivo e tem a ver com a própria história de cada um dos leitores que lê um mesmo livro. Penso que é por isto mesmo que para uns o livro pode ser um 5 estrelas e para outros 2 estrelas...mas é também por isto que os livros são extraordinários!!
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