terça-feira, 30 de março de 2021


 E aqui está o resultado medíocre :-)) das minhas leituras para as Estações Literárias de Inverno!

Mas, o que interessa é que adorei absolutamente de participar e foi super giro acompanhar o que se ia publicando e lendo na página respetiva do facebook e mais ainda é muito bom ir sacar livros das estantes, ainda não lidos que "encaixem" nestas diversas categorias.

Pronto, confesso...é certo que comprei um ou outro livrinho (ups), foi o caso da Farmácia Literária (livro que foi publicado em 2020 e dos Pecados Santos de Nuno Nepomuceno (autor português, que acabou por ser substituído por outro, enfim, confuso!).

À custa deste desafio, lá fui eu repescar coisas que não havia meio de pegar (o fim da inocência de Francisco Salgueiro  foi um deles, que aliás não gostei muito...). O Testamento de Maria de Coibin também foi um livro (mais livrinho) que me agradou e que estava paradito havia anos...

Agora, se eu quero participar nas Estações literárias de Primavera, sendo que não fiz grande coisa nestas de inverno?! Ahh pois quero!! Se me vou sair bem?? Pois, o mais certo é que não, mas só o prazer de estar a pescar os livros da estante e saborear coisas que se vão encaixando nas diversas categorias e que por vezes nem são bem a minha praia...é a cereja no topo do bolo, e por isso, vamos lá a isto!! 

Assim proponho-me as seguinte pilha de leituras:

- Livro recomendado por um booktuber: "A Bela e o Monstro" de Francisco Vaz Silva (conheci este autor através da Outra Mafalda;

- Título que comece com a letra F: A Família Sogliano de Sveva C. Mondignani (uma autora que adoro, aliás vou repetir a dose :-);

- Livro que querias ter lido em 2020: "A Minha História" de Michelle Obama (porque já foi comprado há pelo menos três anos e olho para ele e tenho vontade de o ler!!).

- Ficção Científica - Ready Player One de Ernest Cline (já ouvi maravilhas deste livro);

- Livro com o tema Liberdade - que melhor do que o 1984 de George Orwell...o tema principal é a ausência dela...da Liberdade! Incrivelmente um clássico que ainda não li!

- Comédia - Bons Augúrios de Neil Gaiman...não sei ao certo se vou gostar deste, mas enfim dou-lhe uma chance :-).

- Autora nacional - Demência de Célia Correia Loureiro (e há quanto tempo ando eu para o ler ??).

- Autor nacional - A Célula Adormecida de Nuno Nepomuceno, que também ando para iniciar há imenso tempo (este comprei porque não tinha o inicial da saga do professor).

- Com a palavra rapariga ou mulher - "Os Homens que Odeiam as Mulheres" (este faz parte de uma lista do próprio Stephen King e se ele diz que é bom, quem sou eu para negar ?!).

- Livro do teu género favorito - Uma Chuva de Diamantes - outro da Sveva, claro :-). Autoras de romance que sejam latinas, são sempre as minhas preferidas (Maria Duenas; Isabel Allende; Laura Esquível...).

- Livro que componha a palavra FLORES com autor e título - Amigas para sempre de Fátima Lopes. Este livro foi oferecido por uma amiga que se queria ver livre dele, ora quis logo ficar com ele. Tenho a impressão que não será assim muito do meu agrado, mas pode ser só um preconceito. Vou dar-lhe uma chance pois está cá em casa é para tentar ler! 

- Infanto-juvenil - O ouro das fadas com Artemis Fowel de Eoin Colter (vamos ver se vou gostar...). O que é giro é irmos para fora da nossa zona de conforto! 

- Livro que tenha na capa a cor verde - Levado pelo Mar de Nora Roberts (penso que é o início de uma das suas várias triologias).

- Livro adaptado para filme - A Esfera de Michael Crichton (estou desejosa de começar este pois já li um dele - Next e gostei, mas sei que não é dos melhores dele).

- Livro com mais de 400 páginas - A Origem de Dan Brown (adoro os livros do autor).

- Livro com menos de 200 páginas - Boneca de Luxo de Truman Capote (já estou a ler e estou a gostar!).


Link para a Maratona das Estações Literárias no facebook:

Facebook Maratona das Estações Literárias




segunda-feira, 29 de março de 2021

ESCREVER: memórias de um ofício de Stephen King

 Bem...que dizer deste livro ?! BRUTAL!! Aliás este ano está ser surpreendente em leituras! 

Aprendi imenso com este grande senhor - Stephen King e a minha admiração por ele cresceu de sobremaneira. A forma como ele escreve este livro, quase à laia de biografia é surpreendente.

Aviso: este livro não é daqueles livros extremamente técnicos e cheios de formalidades sobre como escrever bem e o que é escrever mal e ao mesmo tempo...aprende-se imenso sobre essas mesmas técnicas e sobre possíveis erros que cometemos quando tentamos escrever alguma coisa.

Há uma primeira parte em que o autor fala de si e, o que é magnífico, é que ao falar de si Stephen King consegue mostrar aos leitores de que forma nasceu o escritor que ele é ! De onde surgiram as suas histórias, quantas "negas" levou de variadíssimas editoras, de como era a sua vida limitada - economicamente falando - e aqui estou a usar um advérbio que ele tanto detesta usar nos seus livros! Advérbios esses bichos maus que saltam às resmas nos maus livros! 😱

Fala-nos, ou antes, confidencia-nos, sobre o seu casamento, sobre o companheirismo com a sua mulher e de como foi isso importante para o escritor que agora ele é. É maravilhoso este livro! Ri imenso, fiquei apreensiva, triste, parva com vários acontecimentos e fui descobrindo o homem atrás do escritor, as dificuldades e vitórias que foi passando ao longo da vida. Quem diria que atrás de um escritor de talento, existe um ser humano ?! 😁

Talvez o que mais me tivesse marcado fosse uma frase que não se cansa de repetir, ou antes, uma ideia fantástica que é referida várias vezes e que a mim me fez todo o sentido (sim, porque eu também gostava de escrever...e por isso isto disse-me muito). Então, para King, o grande senhor da literatura de terror, as histórias são uma espécie de fósseis!!!! E isto não é fantástico ?! Elas existem, tapadas com várias camadas e nós vamos cavando e destapando essas camadas, vamos descobrindo o que está lá por baixo, pouco a pouco...desvendam-se contextos, personagens, enredos e finais.

Ao escrever uma história que ando a escrever, tive várias vezes essa mesma dúvida...como será que surgem as histórias na cabeça dos autores?? Elas aparecem todas inteiras? O autor idealiza tudo na sua cabecinha desde o princípio ao fim?? Consegue prever desde o início, desde que pega na sua caneta mágica, o princípio, meio e fim da sua história?? Ou, vai desenrolando tipo novelo? (e eu sou destas que vai desenrolando tipo novelo).

Cada linha, cada parágrafo deste livro me deliciou, parei muitas vezes com a boca aberta a pensar "eh pah...faz todo o sentido"; parei para rir, por vezes às gargalhadas pelas peripécias que o autor conta da sua própria vida, parei para sentir esta história (que não deixa de ser uma história acerca da escrita e do autor).

Aconselho Tanto, mas TANTO!!! Sobretudo para aqueles que se querem aventurar nesta grande viagem que é escrever. Mais, tem um bónus, ou vários até (ele não deixa de explicar um pouco de como utilizar as palavras, o que é feito numa revisão, a quantidade de palavras que é ideal usar ou não, dá-nos comparações e até há pedaços de revisões de texto, mas o que considero "bónus" é a alusão a vários livros que ele devorou e que considera que são bons livros para ler ao decidir por ser escritor. Esta é a grande premissa (penso que isto todos nós já sabemos) - quem quer escrever, tem que ler muito, segundo King, ler tudo o que lhe aparece à frente.

Poderia ficar aqui a tarde inteira a escrever sobre este livro e não me cansava (cansavam-se vocês!!). Mas, que seria deste livro se não o lessem? Na minha opinião ele é tão bom que mesmo que ninguém o lesse, continuava a ser mais que excelente :-))))). Portanto, ele é verdadeiramente fantástico, não é este livro que fica a perder se não o lerem...são vocês!!

Emoções / sentimentos despertadas com este livro: 

  • Alegria;
  • Tristeza;
  • Confiança;
  • Bom humor;
  • Esperança;
  • Criatividade.

🌠Ler quando:

- não acredita que pode vir a ser um bom escritor;

- pensa que os escritores não têm que trabalhar muito, escrever muito e esforçarem-se por serem bons escritores;

- se pensa que os escritores não têm dias maus;

- se pensa que unicamente um curso de letras ou um curso de escrita criativa vai lhe dar a passagem automática para ser um escritor de sucesso.

- se pensa que não é preciso ler muito para se ser um escritor de excelência.


238 páginas

Autor: Stephen King 

Editora: Bretrand Editora

domingo, 28 de março de 2021

Um dia naquele inverno de Sveva Casati Mondignani


 Quando começa a história, Leónie é uma bela mulher na casa dos 40 e tal, mas ao longo de vários capítulos curtos que se leem muito bem, o passado vai sendo intercalado com o presente.

Este romance é mais um daqueles que conseguem aquecer o coração, bem ao jeito de Sveva. É uma história de família, que percorre várias gerações e nos vai mostrando a personalidade de cada um dos membros Cantoni.

Nem todos os que dela fazem parte pertencem a uma classe rica e abastada desde o berço. Alguns, foram crescendo a pulso e conquistando o seu lugar na empresa e residência que agora é palco da história. Leónie é uma dessas personagens com uma infância pobre e difícil, mas que acaba por conquistar o coração de Guido seu marido e único filho do empresário que detém a o "império" das torneiras, fonte de riqueza e herança de família. No entanto, há muitos segredos nesta família que são camuflados ou escondidos ao longo dos anos e acabam por ser conhecidos, não pelos protagonistas, mas sempre por outras bocas que vão contando as histórias marcantes, ao longo do tempo, com este ou aquele personagem.

Leónie acaba por ter os seus segredos também e o maior deles é que no dia 22 de dezembro, desaparece misteriosamente, faça chuva ou faça sol, para aparecer no dia seguinte ou no próprio dia, mais radiosa do que nunca. Esta é uma mulher devota à família que se vai tornando, quase de ano após ano, cada vez maior, para alegria dos mais velhos e do seu próprio marido.

Leónie adora a família que tem, os sogros e marido, os filhos...mas há sempre um senão no relacionamento com Guido...é que também este esconde os seus segredos que só anos mais tarde acabam por ser desvendados pelo sogro de Leónie.

Ao longo desta saga familiar vamos também percebendo como foi a infância triste de Leónie e como esta moldou o seu futuro. Ela prometeu a si própria, desde tenra idade, que iria ter uma grande família, iria amar e ser amada. E consegue isso muito bem...não fosse aquela pedrinha no sapato, aquele grande segredo que esconde e que se repete todos os dias 22 de dezembro, ano após ano.

Todos vão fazendo as suas escolhas nesta história, todos vão optando por seguir para um lado ou para o outro e penso que a maior escolha será revelada ao fim do livro. 

As relações entre todos os familiares, o amor que é transferido de geração para geração, não obstante o feitio difícil de alguns dos seus personagens, o aceitar o outro como ele é e ultrapassar as dificuldades e maldades da vida foi o que me soube melhor. E é sempre muito curioso que no fim dos livros desta autora fico sempre com um vazio, que me parece ser o ter de desapegar daquelas personagens. Sim sim, parece que fico mesmo com saudade dos seus protagonistas, porque Sveva Mondignani tem o poder de criar histórias nas quais fazemos parte da própria família.

Já li vários dos livros da autora e acho que não existiu um que não gostasse! A sério, que delícia de romances 💓


Emoções / sentimentos despertadas com este livro: 

  • Conforto;
  • Aconchego;
  • Calor no coração;
  • Amor;
  • Esperança;
  • Determinação.

🌠Ler quando:

- quer aquecer o coração;

- quer sentir o amor de uma família;

- precisa de uma história leve e quente para intercalar com uma outra história pesada e fria;

- pensa que só os "já ricos" podem ser ricos e que os pobres, continuarão pobres para toda a vida.


381 páginas

Autora: Sveva Casati Mondignani

Editora: Porto Editora


sexta-feira, 26 de março de 2021

Como parar o tempo de Matt Haig

Este livro consegue transmitir mais, muito mais do que a história que o autor vai desenvolvendo. 

Tom Hazard, nasceu com uma patologia que o faz envelhecer muito muito lentamente.

Aparenta ter 40 anos, mas na realidade tem 400 ! Passou por várias épocas na Terra, testemunhou muitas atrocidades características de tempos escuros onde tudo era permitido porque a ignorância e o preconceito abundavam nestas épocas. Retrato típico da Idade Média em que se lançavam seres humanos à fogueira, só porque sim! 

Ao longo da sua longa vida, Tom conheceu vários ilustres, das mais variadas áreas, tais como: Shakespeare, Capitão Cook e Fitzgerald, este último, autor do livro "O Grande Gatsby."

A dada altura, Tom sobrevive, arrasta-se ao longo dos séculos devido a uma promessa que fez à mãe...permanecer vivo. Só que para quem como Tom vai perdendo todos os seus mais queridos, a vida passa a ser um vazio, oco e difícil de ser preenchido. Não pode, não deve criar laços com ninguém... e que nos adianta continuarmos vivos se todos os que mais amamos vão morrendo? Pior, se todos os que mais amamos podem vir a ser mortos exatamente por nossa causa? Por sermos assim uma espécie rara, muito procurada que se tem de esconder a todo custo? 

Tom, em 1599 conhece o grande amor da sua vida. Mais uma vez, em fuga de tudo e de todos o nosso homem, esbarra com a rapariga que acaba por vir a tornar-se sua mulher...

Atualmente, Tom é professor de história (o livro tem partes no passado e outras no presente). E que melhor profissão do que esta quando se testemunham tantos acontecimentos ao longo da vida? A História, de certo, seria uma disciplina vibrante se fosse lecionada por quem conheceu as suas personagens em "carne e osso" e consegue confidenciar pormenores que não vêm nos manuais! Tom, era esse professor e consegue até cativar alguns dos mais difíceis alunos...

Ao longo deste romance, fui fazendo paralelos até com os ataques de pânico (que Tom parece ter em abundância) e o reviver de momentos dramáticos do passado. Por reviver constantemente momentos profundamente tristes da sua vida (e outros que nem são assim tão tristes) a mente de Tom é uma miscelânea confusa, triste e deprimida, presa ao MEDO que o pior volte a repetir-se. O medo constante de Tom ser de algum modo "denunciado" ou apanhado de alguma forma e servir de cobaia para quem quer que quisesse estudar a sua condição, leva-o a fazer escolhas que se calhar ainda o "prendem" mais e o atiram para um fundo cada vez mais fundo do poço. Sim, talvez o medo de diferentes escolhas, os "se" da vida são determinantes para uma vida livre ou aprisionada...tudo são escolhas, as que fazemos ou as que deixamos de fazer.

É portanto um livro cheio de conteúdos que vão para lá, muito para lá da própria história que é narrada. Há imensas reflexões que se podem fazer e adorei isso! 

Esta é apenas uma das frases que me deixou de boca aberta, até porque eu sinto isto de cada de nós, habitantes deste nosso planeta:

"Já fui tantas pessoas diferentes, desempenhei tantos papéis diferentes na minha vida. Eu não sou uma pessoa. Sou um multidão num só corpo." 

Emoções / sentimentos despertadas com este livro: 

  • Medo; 
  • Apreensão;
  • Desconfiança;
  • Amor;
  • Esperança;
  • Renovação.

🌠Ler quando:

- sente que a vida é curta.

- não compreende que os ataques de pânico podem estar relacionados com as vivências do passado e com o medo de que se voltem a repetir.

- não acredita que podem existir amizades e amores eternos.

- precisa de se libertar do medo de escolher com liberdade :-)


318 páginas

Autor: Matt Haig

Editora: Topseller

terça-feira, 9 de março de 2021

Um Pequeno Favor de Darcy Bell


Este é um thriller nada de especial, mas também nada de deitar fora...um "assim-assim", portanto.

As personagens desta história são todas estranhas e com passados obscuros. Temos a Stephanie que é mãe de uma criança de 4-5 anos que anda na cresce - o Milles, autora de um blog para mães (mães galinha). Está sempre em cima da sua cria e vive para Milles. Existe Emily, uma elegante profissional do mundo da moda, sempre "in", muito chique, que também tem um filho - o Nick, da idade de Milles e seu grande amigo. Há uma terceira personagem na história, cujo papel é revelado mais tarde, o marido de Emily, homem do mundo das finanças e ausente, até meio do livro.

Emily e Stephanie tornam-se grandes amigas e confidentes. Vamos sabendo da história que é fachada, há outra história atrás da que primeiramente é revelada. Mas o livro começa precisamente com Stephanie a relatar no seu blog que a sua querida amiga, Emily, desapareceu sem deixar rasto. Um dia Emily pediu a Stephanie para ficar com o seu filho, subentendo que à noite regressava. Emily não regressou, nem nessa noite, nem nos dias seguintes. Stephanie deixa um apelo desesperado às outras mães, leitoras do seu blog, que se encontrarem alguém parecido com a descrição que faz da amiga, não hesitem em contactar.

Começamos por perceber que quando Stephanie escreve no seu blog, uma boa parte é omitida, mentira ou não revelada. Surgem pouco a pouco "podres" do passado desta mãe bloguista, coisas que nunca são ditas no blog (claro). A imagem que passa é de uma super mãe, super amiga e super mulher, dedicada 100% ao seu filho Milles. Por outro lado, Emily também tem uma cota razoável de segredos, que não revela à sua grande amiga (que afinal nem é assim tão grande amiga, ou será!?). David é o marido "trouxa", peão da história que é usado quando mais convém (mas está convencido que é parte importante das decisões que são tomadas pela sua mulher, Emily).

As crianças aqui surgem como "elementos figurantes" da história. Estão lá, aparecem nos cenários, são ingénuos, inocentes e brincam ou fazem birras, são testemunhas quando algo acontece de importante, mas é só isso.

O que achei eu? Nem sei bem...é um livro que se lê bem, vai decorrendo a uma boa velocidade de leitura, mas sinceramente, não fez aquele WOW que estou à espera num bom livro! Também achei tudo muito irreal (isto é os passados terríficos e incrédulos das personagens). Parece que foram escolhidos elementos que pudessem chocar os leitores, porque um personagem assim é que teria intensidade suficiente para a história. 

Ahh, depois senti que todos os outros personagens aceitaram muito bem tudo o que acontece de "non sense", como se fosse muito normal alguém que é dado como morto voltar a ter a sua vida normal e por aí fora...

Bom mesmo é que tem filme :-)) e do que ouvi falar, está bem interessante (ainda não o vi!). Será que este é um dos casos em que vale mais ver o filme do que ler o livro?



Emoções / sentimentos despertadas com este livro: 

  • Angustia; 
  • Desconfiança;
  • Maldade;
  • Traição.

🌠Ler quando:

- Se é muito ingénuo e se acredita que só existem pessoas boas na vida.

- Se acabou de ler um romance muito fofinho e cheio de mel em que tudo acaba bem.

- Se não consegue perceber que infâncias muito más podem resultar em adultos psicopatas.


301 páginas

Autor: Darcey Bell

Editora: Bertrand Editora

sábado, 6 de março de 2021

A Pequena Farmácia Literária de Elena Molin


 Que livro M.A.R.A.V.I.L.H.O.S.O!! Simplesmente adorei! 

Blu é uma rapariga nos trintas e tais, a caminho dos 40. Tem grandes sonhos, adora ler e vai sempre fazendo trabalhos em que está por conta de um patrão qualquer. Sente-se infeliz porque não está verdadeiramente realizada (quem estaria se tivesse montanhas de sonhos por concretizar?!).

Blue vive com amigas num apartamento algures em Florença...e só por aqui o livro já é bom, parece que percorremos as ruas daquela cidade italiana e vamos sentados com Blue, na sua bicicleta, quando ela vai para o local onde trabalha.

Surge a oportunidade de Blue abrir a sua própria livraria e ela agarra-a com unhas e dentes. É pequeno o espaço, mas Blue vai na fé. E as amigas, companheiras de sempre, ajudam Blue nos preparativos da abertura e tudo mais.

O livro tem partes hilariantes, ri-me bastante, até porque a escrita de Elena Molini é, por vezes, muito cómica. Se é verdade que é um livro que nos deixa bem dispostos e muito divertidos, tem também mensagens que vão passando, quase que de forma inconsciente: a importância de uma amizade sólida, o valor da persistência e não desistência dos nossos sonhos, o apelo à criatividade e o amor profundo e consistente pelos livros.

Blue faz muitas menções a livros da sua vida, ficamos é claro, com vontade de os ler e de os adquirir (única coisa menos boa), mas há sempre a esperança de os encontrar numa boa biblioteca e com isso poupar dinheiro :-).

Também senti algures um certo realismo mágico que acaba por não ser bem isso...mas também não posso contar. No fim, uma ideia brilhante vai salvar Blue e a sua livraria da falência, essa grande ideia é a de vender livros com bulas, como se fossem medicamentos, isto é, com indicações terapêuticas, efeitos colaterais, dosagens, etc. No final do livro, encontram-se algumas destas bulas com a descrição dos respetivos "medicamentos" que são os livros.

O mais interessante disto tudo é que a "Piccola Farmacia Letteraria" existe mesmo e Elena Molini, a autora deste livro, é a sua proprietária. Fica aqui o website: https://www.piccolafarmacialetteraria.it/


😊Emoções /Sentimentos mágicas despertadas com este livro: 

  • Amizade; 
  • União;
  • Criatividade.
  • Persistência.
  • Positivismo.
  • Alegria.

🌠Ler quando:

- Quiser intercalar com outras leituras mais pesadas.

- Sentir-se quase a desistir de um projeto da sua vida.

- Quiser saber o que é a criatividade e como ela surge.

- Duvidar que pode existir uma amizade profunda e solidária.

- Quiser visitar (sem sair do lugar) as ruas de Florença (Itália).


263 páginas

Autor: Elena Molini

Editora: Editorial Presença

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Imagem do cabeçalho do blogue de "GimpWorkshop"

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Fantasia, Mágico, Surreal. De utilização gratuita.

A Fada do Lar de Sophie Kinsella

Abençoada hora quando decidi ler este livro em férias de verão...este é o livro ideal para levar nas férias! Tão divertido que nos embaraça,...