segunda-feira, 29 de junho de 2020

Partilha de links para livros digitais infantis entre outros recursos



 Neste ano letivo fiquei colocada como professora no 1º Ciclo, especificamente no 3º ano. Assustador para mim, pois todo o meu percurso for realizado em Ciências e Matemática do 2º Ciclo, mas pronto, por falha minha no concurso nacional de professores, lá fiquei eu com pequenos petizes que me perguntava muitas vezes:

- É para escrever isso no caderno, professora?

- Não percebi o que quiseste dizer professora (sim, tratam-nos por tu e não faz sentido para eles e às tantas para nós, ser de outra maneira).

- É a lápis ou a caneta?


Foi difícil, não digo que não, porque toda a minha experiência era outra, mas foi também uma experiência riquíssima a todos os níveis! 


No meio deste ano, atípico para mim logo de início, surgiu mais uma anormalidade - a pandemia e lá viemos nós para casa, tendo que fazer E@D!Aprendi ainda mais à custa disto e da pressão de, quase de um dia para o outro, fazer funcionar um sistema (novo para mim) de Ensino à Distância! Foi complicado para pais, professores e alunos, sendo que estes últimos se habituaram muito bem a tudo isto (estamos a falar de faixas etárias dos 7 aos 8 anos).


Na segunda à terceira semana do 3º período, já tinha uma estrutura definida que aparentemente funcionou e de forma muito positiva! Aos domingos (sim...aos domingos) construía planos semanais e existiam, a partir destes, planos de aula diários. De segunda à sexta-feira, muitas horas seguidas no PC, ou a corrigir, ou a publicar, ou a interagir com pais e alunos ou a dar sessões síncronas, enfim, de rebentar com todos nós, mas ao mesmo tempo de nos fazer crescer muito e aprender imenso (muitas vezes com a tentativa erro) porque tinha mesmo de ser...formação ?! Só aquela que nós próprios acedíamos porque dela necessitávamos possibilitada primeiro pelas editoras e depois por outras entidades, mas nos buracos breves de tudo o resto...


Orgulhei-me (modéstia à parte) de no final ter várias rúbricas das quais os alunos gostavam bastante e viam na nossa classroom assim criei tópicos como estes:

- livros digitais infantis/histórias contadas e animadas a partir de livros infantis;

- pequenas histórias contadas por atores do Teatro D. Maria II (salinha de teatro em casa);

- curtas-metragens de animação.


Antes de publicar alguns destes conteúdos escrevia..."um livro por dia, nem sabe o bem que lhe faria" ou "uma peça de teatro por dia, nem sabe o bem que lhe faria" ,  e eles viam e comentavam! 


No final deste 3º período, consegui compilar o que vou partilhar a seguir e que poderá ser útil para muitos dos que vão ter que dar aulas à distância, ou mesmo que não dando, gostam de mostrar estas coisas, mesmo que em sala de aula. Aqui ficam, esperando eu que estes links se mantenham por muito tempo, pois são muito interessantes e úteis para quem quer mostrar aos meninos mais do que um programa curricular:


LIVROS DIGITAIS/histórias contadas a partir de livros PARA CRIANÇAS:




 

- Orelhas de borboleta

 

- O livro dos medos de Adélia Carvalho e ilustrações de Marta Madureira


- O coelho sem orelhas de Klaus Baumgart e Til Schweiger 

 

- Hipólito o filantropo


- O médico do mar


- O dia em que a mata ardeu


- O segredo do rio


- A montanha de livros mais alta do mundo


- Hansel e Gretel:


 - Hensel e Gretel versão 2


- Sombra, de Suzy Lee:

 

- Sábios como camelos in Estranhões e Bizarrocos - história para crianças Plano Nacional de Leitura


- As preocupações de Billy - história para crianças dos 0 aos 100 anos


- O menino que não gostava de ler:


- Destrava línguas:


- A Lagartinha muito comilona:


- Avós - história para crianças dos 0 aos 100 anos


- A ovelhinha que veio para o jantar  


- O BONÉ de António Torrado


- O TÊPLUQUÊ


- Tubarão na banheira


- Gigões e Anantes - história para crianças dos 0 aos 100 anos


- A fada Oriana


- Malala


- O que são os Direitos das Crianças:


- O chá das dez


- Corre corre cabacinha


- Mais lengalengas


- O meu amigo robot


- A menina que esquecia de levar a fala para a escola


- A manta


- Quando me sinto zangado


- As cinco ervilhas


- O casamento da gata


- O nabo gigante


A avó adormecida


- O dia em que me tornei pássaro


- O camaleão preguiçoso


- O limpa palavras


- O livro dos medos

 

- Perdido e achado


- A menina gotinha de água


-As bonecas da vó Maria


- Desculpa, por acaso és uma bruxa?


- A árvore dos rebuçados


 

 


Curtas-metragens animadas:

 

PIP


Dia mundial da gentileza


Polvos apaixonados


Confusão com biscoitos


E se os animais só comessem no Mc Donalds?


For the birds


A importância da cooperação


Ormie the pig


A joy story


O pequeno raio de esperança


Inteligência emocional


A Lua


 

 


 


TEATRO (histórias contadas por atores do Teatro D.Maria II):

 

A semente:


A grande viagem do pequeno Mi


O país dos contrários

 

Burros


O incrível rapaz que comia livros


A história que começa pelo fim


O compadre simplório tem os pés tortos


Parece um pássaro


A zebra camila


Herberto


Presos


Havemos de lá chegar


Sábios como os camelos:


Tio Lobo


O escuro


O gato comilão


A formiga e a neve


Fábula do Porcaleão e do Lobordeiro


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


 

sábado, 20 de junho de 2020

Só não é rico quem não quer - no século XXI de Marcelo Veiga

O meu interesse por todos os assuntos relacionados por Educação Financeira tem vindo a crescer cada vez mais. Incrivelmente, aumentou precisamente na altura de pico da pandemia (talvez pela maior disponibilidade de tempo para pesquisa). Já me interessavam estes temas, bastante até, no entanto, ainda não tinha conseguido aceder a materiais interessantes e sobretudo adaptados à realidade portuguesa.

O cenário mudou radicalmente quando encontrei (ou reencontrei) um canal no youtube: Renda Maior da Ariana Nunes. A partir daí foi um non stop de informação, mais informação, pedia-me mais informação e assim sucessivamente e fui crescendo em conhecimentos acerca deste assunto tão pouco conhecido da maioria dos portugueses - Educação Financeira.

A importância deste tema é imensa, mas infelizmente, a maior parte de nós gere o seu orçamento mensal, assim mesmo: dia-a-dia, mês a mês, lufada em lufada, chegando ao derradeiro dia 29, 30 ou 31 sem ar...e sem dinheiro :-(.

Cansada de fazer esticar os meus tostões, resolvi educar-me financeiramente falando, isto porque ganhar o euromilhões é um sonho um pouco distante e dependente mais da sorte, do que mim! E como o que não depende de mim, não consigo controlar e como a única coisa que consigo controlar, efetivamente, são os meus pensamentos, então resolvi que eles precisavam de bons alimentos, bons livros e boas informações.

Foi neste canal de youtube - Renda Maior - o qual maratonei (ou acho que já vi tudo e mais um par de botas), que tive acesso ao livro do Marcelo Veiga e ao seu canal de youtube e através deste canal mais e mais coisas interessantes. No canal da Renda Maior, tive acesso a variadíssimos podcasts e mais e mais canais, adaptadíssimos à realidade portuguesa, o que é absolutamente fantástico e deixarei uma lista deles que tenho ouvido sistematicamente.

Mas, falando deste pequeno (muito interessante) livro - "Só Não É Rico quem não quer " de Marcelo Veiga, posso dizer que não sendo assi

m um livro que diga muitas coisas extraordinárias, para quem está a iniciar este percurso é super fácil de ser lido, linguagem muito simples, muito espaçamento entre o que é dito, portanto ainda mais rápido e fácil se torna. Resume a indicação de livros e leituras de grande interesse para o tema, coloca informações/dicas importantes em pontos (por exemplo: 5 passos para enriquecer no século XXI - página 106).

A edição deste livro, de certo, foi muito barata, trata-se quase de uma sebenta e parece que o autor assim o fez de propósito, pois o objetivo é tornar esta leitura acessível a muita gente, por isso quanto menos dispendiosa, melhor, quanto mais fácil de se ler, mais espalhadas serão estas ideias, e aqui estão as fundamentais. Para além disso, o facto de ser uma edição super simples, quase em formato de sebenta, faz-me ainda mais, querer e não ter problemas em sublinhar, riscar, apontar comentários nas páginas, dobrar a lombada (causando horror a muitos fanáticos pelos livros bonitinhos)...e foi isso mesmo que aconteceu com o meu pobre exemplar que se encontra cheio de sublinhados, "post it" and so on.

Não digo que concordei com tudo (e quem sou eu), refazendo a frase que acabei de escrever - não digo que tudo o que foi escrito está de acordo com o que são os meus sentimentos e pensamentos, a minha estrutura de ser (ena ficou profunda esta :-), mas tirei-lhe o sumo, seja o que isto quer dizer! O essencial, esse foi espremido, e bem espremido, até ao tutano! E adorei! Aliás, adoro a boa disposição e alegria do autor, assim como a sua simplicidade. Como digo, há coisas que ele escreve e diz com as quais não alinho muito, mas o essencial está absorvido.

Este livro, tal como os restantes do autor, não estão publicados em Portugal, pelo que tive de o encomendar da Amazon.es agora, espreitem os preços dos livros publicados pelo autor, este e o "fábrica de milionários" e vejam lá se o que disse sobre "barato" não está certo! Portanto, sim, encomendei logo os dois ! A "Fábrica de Milionários" está já cá em casa, à espera de ser lido.

Deixo aqui só um cheirinho (para além de uma frase, a típica frase que escolho sempre para colocar ali da barra lateral de cada um dos livros que leio), escusado será dizer que este livro é em português do Brasil, mas não me fez absolutamente confusão nenhuma! 

"Temos que dar um reset em nossa maneira de pensar, reiniciarmos os nossos pensamentos e adaptá-los ao novo modelo periodicamente. Precisamos mudar nosso sistema educacional e enquanto ele não acompanha esta evolução, sermos autodidatas que aprendem uns com os outros online, é assim que se aperfeiçoa o mundo digital. "

Podem "beber" conhecimentos acerca da Educação financeira em diversos sítios online, completamente adaptados à realidade portuguesa (num qualquer outro post futuro, farei a lista, talvez uma TBR, sobre livros recomendados para o crescimento e desenvolvimento da literacia financeira).








111 páginas
Autor: Marcelo Veiga
Edição do Autor.
****a minha classificação no GoodReads

sábado, 13 de junho de 2020

Os Testamentos de Margaret Atwood



Acabei hoje de ler este livro e a sensação, ao terminar a última página foi: WOW!! 

Bem, nem sei por onde começar, mas sei que a altura ideal de comentar um livro é mesmo momentos depois de o ter lido pois está tudo fresco...por outro lado, se deixarmos passar algum tempo após a sua leitura e só depois comentarmos, pode ser que a nossa opinião seja mais madura e consistente. Mas, neste momento, o que sei é que quero fazê-lo já! E portanto, é a quente.

Este livro vem na continuação da "História de Uma Serva" da mesma autora (cuja opinião está também neste blog). E o interessante é que a autora refere que "Os Testamentos" foi escrito na tentativa de responder a várias perguntas que os leitores lhe iam colocando depois da leitura do primeiro livro. Repare-se que foi escrito cerca de 34 anos depois do primeiro livro! Ou seja, este livro foi concebido, fundamentalmente, a partir das questões dos leitores acerca do primeiro livro, mas é claro, tem também muito da sociedade atual (segundo Margaret Atwood). 

A sociedade construída por Margaret Atwood, é tão bem descrita que francamente nos sentimos a percorrer as ruas e as casas e os vários cenários do livro, o que, não é nada agradável! E não é agradável porque se trata de uma sociedade doentia que trata o sexo feminino como "abaixo de cão", sendo que as mulheres são apenas um instrumento, ou de reprodução (no caso das Servas), de trabalho doméstico (no caso das Martas), de "troféu" (no caso das Esposas desposadas pelos Comandantes, grandes senhores desta sociedade). Mas, há mulheres aqui com um "nada mais" de poder (nunca tanto como os homens), elas são as Tias que "domesticam" e ensinam a serem boas esposas (as Esposas) e boas servas (as Servas). Também há as Econoesposas, mulheres de homens que são são Comandantes, portanto, considerados homens de classe inferior.

Como muita coisa ficou por dizer no primeiro livro, a autora aproveita neste seu segundo livro, para ir descrevendo tudo muito bem descrito através da visão de 3 protagonistas principais nos Testamentos: uma infiltrada do Canadá (país vizinho de Gileade - esta nação distopica); uma Tia poderosa e uma outra rapariga, criada neste sistema e que eventualmente estará ligada a personagens do primeiro livro.

E não consigo dizer muito mais da história sem estar a dar spoiler que é coisa que não quero, de todo em todo. Posso no entanto refletir em muitas coisas acerca desta sociedade. É um livro que nos faz pensar que a sociedade ideal não existe e que quanto mais a tentamos alcançar, mais erramos por estar a excluir e descriminar e separar e julgar e tudo o que é de negativo. Sim, somos humanos e devemos aceitar todas as diferenças (e no momento atual é ainda mais pertinente o que escrevo). É preciso ser consciente que todo o tipo de radicalismo, cai sempre nos pólos opostos e quando o bom senso não existe cometem-se atos que são "pior emenda que o soneto" e corre-se o risco de, no extremo, criarem-se sociedades distópicas. Por outro lado, a ignorância e falta de conhecimento é sempre o instrumento de um mal maior e uma sociedade que, por exemplo, censura, omite, esconde e negligencia, é sempre uma sociedade que vai queimar e ocultar todas as fontes de conhecimento (como são livros e outras fontes de informação). 

Nesta sociedade, ler é completamente proibido! Imaginem um mundo sem livros e sem leitura, isto é do pior! Mas o desaparecimento dos livros, como fonte do conhecimento e saber/informação é retratada como pedra basilar em muitas histórias distópicas em que a ignorância e falta de conhecimento conduzem a um mal maior. E disto tenho eu a certeza...quanto mais ignorante for uma sociedade, quanto menos conhecimento tiver essa sociedade, associado a uma falta empatia pelo ser humano  e pelo meio que a rodeia (tão importante quanto o conhecimento e a informação), mais mal pode provocar essa sociedade a si, aos outros e à natureza.

Quem quer fazer perpetuar a ignorância, retirando livros e outras fontes de conhecimento, não deseja que a humanidade desenvolva o conhecimento e a sabedoria, e para quê? Essa é de fácil resposta! Quanto a mim, para dominar, perpetuar e mandar - exercer domínio no outro e sobre o outro...para quê? Para fazer o que bem lhe apetece (e quando falamos de gente desequilibrada e sem humanidade isto torna-se muito muito perigoso), sem que tenha consequências disso.

É isto que fazem os livros...abrem mentes! 

Ahh..claro está que este livro tem a série que é muito conhecida - Handmaid´s Tale, sendo que ainda não a vi e não sei se quero estragar a ideia com que fiquei dos livros, é sempre complicado para mim decidir ver séries depois de ler livros tão bons. Fica cá em baixo o trailer da série adaptada do livro "História de Uma Serva" 


450 páginas
Autor: Margaret Atwood
Editora: Bertrand
*****a minha classificação no GoodReads

sábado, 6 de junho de 2020

A História de Uma Serva de Margaret Atwood.


Este foi o meu primeiro livro da autora. Com uma escrita brilhante,  saltamos de imediato para uma sociedade distopica, construída de forma soberba, que pretendendo ser perfeita, obviamente que não o é - a definição perfeita da imperfeição que caracteriza as distopias. 

Não foi há muito que percebi o que significava esta palavra - distopia - precisamente o contrário do que se entende por "utopia" ou a versão ideal de qualquer coisa, um sonho tornado realidade.

A história que nos é apresentada por Margaret Atwood, através dos olhos de uma "serva" é absolutamente horripilante. Sim, de um filme de terror! Muita angústia, marcada pela ausência de qualquer esperança (ou vá, muito pouca...que esperança existe enquanto há vida), em que o tempo se arrasta pois pouco é permitido fazer...

Nesta narrativa, é relatado o testemunho de uma mulher que de um instante para o outro vê-se num território, que era o seu, mas que de repente não reconhece como seu, tal é a mudança que se opera em menos de nada.

Defred é a mulher que nos relata o estado das coisas em Gileade, depois de um governo extremista ter chegado ao poder. As mulheres são então categorizadas (existem "Servas", "Martas", "Econoesposas", etc), sendo que as servas seriam as que tinham a capacidade para gerarem novos seres humanos, por terem já sido mães anteriormente e, portanto, por revelarem uma característica muito útil - a fertilidade. São assim usadas para engravidarem ao serviço dos "Comandantes" . Estes são os senhores que detêm o poder totalitário daquela região. Até o nome das servas simboliza esse poder sobre os bens ou pessoas que possui - De Fred - ou seja, pertencente ao Comandante de nome Fred (Defred). Quanto mais elevada a patente do Comandante, mais bens/pessoas tinham ao seu serviço, por exemplo, os de patente elevada teriam um maior número de "Martas" ao seu serviço, ou seja, uma espécie de criadas da casa, um "faz tudo", desde cozinhar a limpar a casa.

Em Gileade não é permitido ler (que horror, mais horroroso); não é permitido vestir de forma diferente daquela prevista dentro de cada categoria de mulher - as Martas vestiam de verde, as Esposas de azul, as servas de vermelho; não é permitido andar sozinha (claro em caso de se ser mulher); falar é coisa muito pouca e em sussurros...enfim, um sem número de proibições, severamente punidas.

Vamos acompanhando Defred no seu dia-a-dia de tédio, em que só tem direito ao que é básico e que deve ter em conta, essencialmente, as necessidades do seu dono - o Comandante. O Comandante, chefe de família de Defred (portanto o Comandante Fred) também tem uma vida pouco interessante, ao qual também são atribuídas tarefas muito específicas, dentro das quais não estão as lúdicas ou outras que não têm em conta os valores familiares e religiosos do governo de Gileade. Como é homem, tem uma maneira de pensar de supremacia perante as mulheres que, são de facto, consideradas como sendo seres inferiores, incapazes de terem um raciocínio tão bom e igual aos seres humanos masculinos.

A grande angústia da personagem principal deve-se sobretudo ao facto de que ela conheceu outro tipo de sociedade, à qual fazia parte como mulher casada, com um homem que amava e do qual tinha uma filha, ou seja, tinha uma família. Esta realidade é-lhe arrancada à força e vê-se de um momento para o outro, numa outra realidade em que o ser humano é categorizado e diferenciado, sobretudo pelo género a que pertence.

Embora seja uma leitura difícil (mas muito fluida!) porque nos confronta com uma realidade brutal, em que pouco resta de esperança, é escrita de uma forma magnífica, parece que nos fala diretamente e cria todo um mundo diferente do nosso e que um dia (oxalá que nunca, jamais e em tempo algum) poderia bem o ser.

Este livro tem continuação, ou antes, Gileade continua a ser palco da narrativa de Margaret Atwood, 15 anos depois da História de Uma Serva. "Os Testamentos" (livro que estou a devorar agora e que foi escrito 34 anos após o primeiro!), foi lançado em março deste ano (2020) e está a ser ainda melhor (na minha humilde opinião).

Dei-lhe 4 estrelas no Goodreads só porque este não é o género de narrativas que me envolvem assim emocionalmente e me elevam a alma e me fazem chorar ou rir...mas dado à escrita super fluida desta autora, enquanto leio "Os Testamentos" tenho praticamente a certeza de que serão as 5 estrelas bem gordinhas que lhe quero dar! 

348 páginas
Autora: Margaret Atwood
Editora: Bretrand Editora
****a minha classificação no GoodReads




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Imagem do cabeçalho do blogue de "GimpWorkshop"

Imagem do cabeçalho do blogue de "GimpWorkshop"
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