Quando li comentários acerca dos livros desta autora - Sarah Addison Allen - fiquei logo com vontade de ler. Realismo mágico é uma das "correntes" que mais gosto.
Um dos livros que me marcou profundamente, lido há já muito muito tempo foi o "Como Água para Chocolate", cheio de partes que poderiam ser consideradas como realismo mágico (de Laura Esquível), aliás, Laura Esquível, durante muito tempo foi mesmo a minha autora preferida.
Infelizmente depois de dois livros lidos desta autora - "A Árvore dos Segredos" e agora este "Lago Perdido", o sabor com que fiquei não foi assim tão mágico. Se fosse calibrado como se tratasse de uma temperatura, esta seria amena - bom, mas morno.
A história anda a volta de uma pequena família, mãe e filha que perdem o marido/pai e ao dar de caras com um postal do Lago Perdido, numa arca cheia de velharias resolvem ir ao encontro desse local. A proprietária é uma velha tia (Eby) de Kate, que fica feliz por ter a sobrinha finalmente por perto e também ela própria com uma vida passada cheia de aventuras.
Kate, após um ano em letargia total devido ao choque de ter perdido o marido num acidente de bicicleta, fica aos cuidados atentos da sua sogra que se encarrega da vida de Kate e Devin (a filhota de 8 anos de Kate) para a frente tomando decisões que são do seu interesse (maioritariamente) e sem consultar a nora.
Quando Kate decide tomar pulso à sua vida, tomando decisões firmes acerca do seu futuro e da sua filha, a sogra não acha muita piada...a semana que iriam passar, mãe e filha, nas instalações do empreendimento do Lago Perdido, prolonga-se por mais tempo do que inicialmente previsto e Kate começa a sentir-se cada vez mais viva!
O realismo mágico acontece ligado ao local e a um determinado jacaré (Aligator) que vai surgindo de quando em vez no lago, mas este animal só é visto pela Devin e está relacionado também com outra história...ou seja há diversas ligações que não deixam de ser misteriosas e de ter um quê de mágico.
Ainda assim, as autoras latinas conseguem tornar o realismo mágico bem mais orgânico e extraordinariamente bem escrito (que me desculpem as norte americanas).
Foram três estrelas, talvez até três estrelas e meia, porque não deixa de ser uma leitura leve, agradável que vai fazendo ligações bonitas e nos fazem relaxar e passar uns bons momentos a ler.
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